Ser mãe, e em especial ser mãe de uma mulher está a sensibilizar-me para a causa feminista que eu achava ser ja redundante. Como me apercebi desta mudança? O inferno são os outros….e as redes sociais.
Fato 1: dizerem, com ar de desafio ao pai, “o meu #nome# do bebé vai papar a tua filha”. Pela expressão,entoação e escolha de palavras, percebe-se que é suposto ser moderadamente ofensivo. Que será o dominio do mais forte sobre a indefesa presa que ficará eternamente marcada. A nossa reação vai no sentido do “e depois,ca#$%&o? que se divirtam se assim for!”
Fato 2: já me enjoam os vídeos que enaltecem a maternidade como profissão mais dura e dificil do mundo, estado de maravilha e completa dedicação, passaporte para a um subnivel entre terra e ceu. E o pai, fo”#$%-#e? Quem partilha esse lixo delicodoce com um sentimento de “a escolhida” partilha o alibi para que se perpetue a bolorenta divisão de responsabilidades, afetos e missões, que temos que admitir, já não faz sentido quando estamos pais e mães no barco de trabalho a tempo inteiro em modo de “Zombies também conseguem chegar onde os outros chegam” e adoração completa por um ser bolsado, desdentado, descoordenado e absolutamente maravilhoso.